FAN-Farra Académica de Coimbra

Fundada a 7 de Novembro de 1987 e já com três álbuns editados, a FAN-Farra Académica de Coimbra é uma das tunas mais antigas do país e tem acompanhado a vida dos estudantes de Coimbra ao longo das últimas décadas. Fundada no seio de uma claque de apoio à “Briosa”, “Os FANS – Falange de Apoio Negro”, a FAN-Farra herdou as iniciais, bem como ideais da mesma. Contando com várias participações em festivais em todo o país e também no estrangeiro, este “grupo de amigos” tem vindo a crescer ao longo dos anos, à medida que os membros mais antigos vão terminando os seus cursos e deixando o seu legado para que as gerações seguintes possam continuar o trabalho feito ao longo dos anos e deixar a sua pegada na história deste grupo académico.

Os FANS – Falange de Apoio Negro conhecidos pelos adeptos da Associação Académica de Coimbra por levarem instrumentos musicais para as bancadas da Briosa e percorrerem as ruas da cidade de Coimbra a tocar e a cantar, não eram vistos apenas como uma claque divertida e festiva, eram também um “ponto de encontro” para todos os estudantes que partilhassem o amor à equipa, à cidade e à tradição académico-coimbrã. Para Artur Valente, membro fundador da FAN-Farra Académica de Coimbra, a inclusão nos FANS não foi difícil, refere o mesmo, entre jogos, saídas à noite e arruadas pela cidade a tocar e cantar, este grupo de estudantes foi-se tornando cada vez mais conciso e consciente, no ponto de vista artístico, tendo havido vários membros a aprender a tocar instrumentos musicais com o único propósito de melhorar a expressão musical do grupo. Apenas um ano depois da criação da claque, surge o convite pelas estudantes finalistas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra para atuar na Verbena, no Teatro Paulo Quintela na Faculdade de Letras, naquela que seria a primeira atuação oficial da FAN-Farra Académica de Coimbra.

Ao longo dos anos a FAN-Farra Académica de Coimbra foi criando o seu legado no mundo das tunas, participando em festivais, atuações em festas académicas da cidade de Coimbra e outros eventos. Em 2014, é organizada a primeira edição do seu festival, o 1º Trovador, que surge num momento de fragilidade, causado não só pela mudança de sede, mas também pela perda do seu palmarés durante um incêndio. Desde esse ponto de viragem, a FAN-Farra tem vindo a crescer ao longo dos anos seguintes, culminando na realização de mais quatro edições do “Trovador” e inúmeras edições do “Arraial do Carocha”, um convívio festivo que se tornou na receção da FAN-Farra Académica de Coimbra aos estudantes universitários da cidade.

Manuel Canelas Pais, atual vice-presidente da FAN-Farra, vê nos antigos membros desta tuna, os chamados “velhos”, uma fonte inesgotável de conselhos e orientação, salientando a importância de todos os que contribuíram e que continuam a marcar presença assídua nos vários eventos da tuna para o crescimento contínuo da mesma. O estudante de medicina aponta também as noções vincadas de integração e igualdade presentes neste “grupo de amigos”, sem descartar a existência de uma hierarquia baseada na antiguidade e contributo para o grupo, salienta a indiferenciação entre membros durante atuações e, de um modo geral, durante o dia-a-dia de todos os membros da FAN-Farra: Projetos, Caloiros, FAN-Farrões e Velhos.